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A PARTIR DE 03 DE JUNHO DE 2010

sábado, 25 de dezembro de 2010

JOGAR

Jogar é uma atividade natural do ser humano. Ao brincar e jogar, a criança fica tão envolvida com o que está fazendo, que coloca na ação seu sentimento e emoção. O jogo, é um elo integrador entre os ASPECTOS motores, cognitivos, afetivos e sociais. Por isso, parto do pressuposto de que é brincando e jogando que a criança ordena o mundo à sua volta, assimilando experiências e informações e, sobretudo, incorporando atividades e valores. Portanto, á através do jogo e do brinquedo qu ela reproduz e recria o meio circundante.

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE LÚDICA NO DESENVOLVIMENTO
E NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA.

SUGESTÕES:

1 - Recursos Didáticos (meios para atingir determinado fim)
2 - Lista de Jogos e atividades, mostrando quais as funções psiconeurológicas e operações mentais envolvidas em cada um deles.

A interação professor aluno é que mostrará o êxito no processo ensino-aprendizagem; sendo que a atividade do professor é fundamental, esse deverá ser um facilitador da aprendizagem, criando condições para que a criança explore seus movimentos, manipule materiais, interaja com seus companheiros e resolva situações-problema.

Como o ato de jogar supõe, em geral, relações interpessoais, esperamos que as atividades aqui apresentadas possam contribuir para enriquecer a dinâmica das relações sociais na sala de aula.

HOMO LUDENS

Homem capaz de dedicar-se à atividade lúdica, isto é, ao jogo.

O JOGO

1 - Atividade física ou mental organizada por um sistema de regras que define a perda ou o ganho;
2 - Brinquedo ou passatempo, divertimento.
Aurélio.

3 - Exercício ou passatempo recreativo, sujeito a certas regras ou combinações.
Laudelino.

O ato do homem jogar manifesta-se por uma tendência Lúdica, isto é, um impulso para o jogo.

Na criança, a atividade lúdica supera amplamente os esquemas reflexos e prolonga quase todas as ações.

A FUNÇÃO SOCIAL DO JOGO.

A cultura surge sob a forma de jogo, sendo que a tendência lúdica do ser humano esta na base de muitas realizações na esfera da filosofia, da ciência, da Arte (em especial da música e da poesia), no campo militar e político e mesmo na área judicial.
Sendo parte integrande da vida em geral, o jogo tem uma função vital para o indivíduo, não só para distensão e descarga de energia, mas principalmente como forma de assimilação da realidade, além de ser culturalmente útil para a sociedade como expressão de ideais comunitários.
Saber que a pedagogia já considerou o jogo como uma espécie de alteração mental ou, pelo menos, como uma pseudo-atividade, sem significação funcional e mesmo nociva às crianças, que ele desvia de seus deveres. O jogo seria desprovido de uma condura séria. Ora a existência de jogos com regras já é um argumento suficiênte para contradizer esta idéia.
Para muitos autores incluindo Piaget, a atividade lúdica supõe uma ordenação da realidade, seja ela subjetiva e intuitiva (como no caso dos jogos de ficção ou imaginação). ou objetiva e consciênte (como no caso dos jogos com regras.
Certas formas de jogo podem ser extraordinariamente sérias: os jogos infantis --- O futebol e o xadrez, por exemplo --- são executados dentro da mais profunda seriedade. Para mostrar que a distinção entre atividade lúdica e não lúdica não é tão clara e rigorosa quanto possa parecer basta analisar a atividade lúdica do ponto de vista de seus elementos constitutivos, isto é, de certos aspectos que caracterizam os diversos tipos de jogos:

  • 1 - A característica principal é a capacidade de absorver o participante de maneira intensa e total, realizando-se num clima de arrebatamento e entusiasmo.. Durante o desenrolar do jogo, as ações são acompanhadas de um sentimento de exaltação e tensão, e seguidas por um estado de alegria e de distensão. Daí ser uma atividade agradável, que involve inteiramente o jogador. É neste envolvimento emocional, neste poder de fascinação, que reside a própria essencia do jogo.

  • 2 - Predomina no jogo uma atmosféra de espontaneidade. Mesmo existindo regras a serem seguidas, o participante poderá contar com uma ampla gama de alternativas de atuação que dependerá de sua disposição e criatividade. É o caso, só para citar um exemplo, do jogo de futebol: memso dentro da limitação das regras, odesempenho de cada jogador vai depender de sua vontade e iniciativa.

  • 3 - Limitação de tempo: o jogo inicia-se num determinado momento e continua até que se chegue a um certo fim. Durante o período de sua realização, uma série de atos se sucede, envolvendo mudança e alternância. É este sentido de movimento que imprime o caráter dinâmico ao jogo e o torna fascinante.

  • 4 - POSSIBILIDADE DE REPETIÇÃO: esta característica esta diretamente relacionada à anterior, isto é, ao aspecto temporal do jogo. Os jogos podem ser executados NOVAMENTE A QUALQUER MOMENTO OU EM PERÍODOS DETERMINADOS, sejam eles de força e destreza  ou jogos de sorte e advinhação.

  • 5 - Limitação de espaço: todo jogo se realiza dentro de uma área previamente delimitada. Este espaço pode ser definido de forma material e deliberada, como no caso da mesa de jogo, do tabuleiro de xadrez, da quadra de basquete, do campo de futebol, ou definido de forma imaginária e espontanêa, como no caso do jogo simbólico e infantil, em que a menina brinca de casinha ou de escola, e o menino "faz-de-conta" que ´´e um bombeiro ou então um maquinista pilotando um trem por trilhos imaginários. O espaço reservado ao jogo, seja qual for a forma que assuma, é como se fosse um mundo habitual e rotineiro do cotidiano.

  • 6 - Existência de regras: cada jogo se processa de acordo com certa regras, que são convenções determinantes daquilo que "vale" dentro do mundo temporário por ele circunscrito. Através do jogo, o ser humano dá vazão ao seu impulso de criar formas ordenadas, pois o jogo é uma forma de ordenação, a começar pela ordenação do tempo e do espaço (como vimos anteriormente), dando origem às regras.
Portanto o jogo até pode se confundir, por vezes, com o próprio trabalho, principalmente no caso do trabalho espontâneo, e a atividade lúdica pode se revestir da mais profunda seriedade.
Para Piaget, o que distingue a atividade lúdica da não lúdica é apenas uma variação de grau nas relações de equilíbrio entre o eu e o real, ou melhor, entre a assimilaçâo (que é a aplicação dos esquemas ou experiências anteriores a uma nova situação, incorporando-a) e a acomodação (modificação dos esquemas anteriores, ajustando-os à nova situação). Dentro dessa concepção, o jogo começa quando predomina sobre a acomodação.

Classificação dos Jogos

Segundo Jean Piaget.

Procedimentos

a) Observação e registro dos jogos praticados pelas crianças em casa, na escola e na rua; tentando relacionar o maior número possível de jogos infantis;
b) Análise das classificações já existentes e aplicação dessas classificações conhecidas á relação de jogos coletados.
Tendo adotado como critério classificatório o grau de complexidade mental, Piaget verificou que existem, basicamente, três tipos de estrutura que caracterizam os jogos: o exercício, o símbolo e a regra. Assim sendo, ele distribuiu os jogos em três grandes categorias, cada uma delas correspondendo a um tipo de estrutura mental.

1 - Jogo de exercíco sensório motor.

2 - Jogo simbólico (de ficção, ou imaginação, e de imitação).

3 - Jogo de regras.

Estas tres classes correspondem às fases do desenvolvimento mental e estão dispostas em ordem de complexidade crescente e abarcam desde o jogo sensório-motor elementar até o jogo social superior. No item que se segue, referente à evolução.

EVOLUÇÃO DO JOGO NA CRIANÇA

O ser humano tem uma tendência lúdica ou impulso para o jogo, mas como se manifesta esta tendência ao longo do processo de desenvolvimento? O estudo mais completo sobre a evolução do jogo na criança é de autoria de Jean Piaget, que verificou este impulso lúdico já nos primeiros meses de vida do bebe, na forma do chamado jogo de exercício sensório-motor; do segundo ao sexto ano de vida predomina sob a forma de jogo simbólico, para se manifestar, a partir da etapa seguinte, através da prática do jogo de regras.


1 - JOGO DE EXERCÍCIO SENSÓRIO MOTOR

A atividade lúdica surge, primeiramente, sob a forma de simples exercícios motores, dependendo para sua realização apenas da maturação do aparelho motor. Sua finalidade é tão somente o prórpio prazer do funcionamento. Daí dizer-se que o que caracteriza este tipo de jogo é o prazer funcional.
Piaget diz que "quase todos os esquemas sensórios-motores dão lugar a um exercício lúdico".
Esses exercícios motores consistem na repetição de gestos e movimentos simples, com um valor exploratório: nos primeiros meses de vida, o bebe extende e recolhe os braços e as pernas, agita as mãos e os dedos, toca os objetos e os sacode, produzindo ruídos e sons. Esses exercícios tem valor exploratório porque a criança os realiza para explorar e exercitar os movimentos do próprio corpo, seu ritmo, cedência e desembaraço, ou então para ver o efeito que sua ação vai produzir. É o caso das atividades em que a criança manipula objetos, tocando, deslocando, superpondo, montando e desmontando. Movimentando-se, a criança descobre os próprios gestos e os repete em busca de efeitos. Embora os exercícios sensórios-motores constituam a forma inicial do jogo na criança, eles não são específicos dos dois primeiros anos ou da fase de condutas pré-verbais. Eles reaparecem durante toda infância e mesmo no adulto, "sempre que um novo poder ou uma nova capacidade são adquiridos": Por exemplo, aos 5 ou 6 anos, a criança realiza este tipo de jogo ao pular com um pé só ou tentando saltar dois ou mais degraus da escada; aos 10 ou 12 anos tenta andar de bicicleta sem segurar no guidão. Para exemplificar este tipo de conduta lúdica no adulto, podemos citar o caso do indivíduo que acaba de adquirir, pela primeira vez, um ao aprelho de som ou um automóvel, e se diverte fazendo funcionar o aparelho ou passeando no carro, sem outra finalidade senão o próprioo prazer de "exercer os seus novos poderes". Assim sendo, essa forma de atividade lúdica, embora caracterize o nascimento do jogo na criança na fase pré-verbal (0 a 2 anos), ultrapassa largamente os primeiros anos da infância.

2 - JOGO SIMBÓLICO

No período compreendido entre os 2 e os 6 anos, a têndencia lúdica se manifesta, predominando, sob a forma de jogo simbólico, isto é. jogo de ficção, ou imaginação, e de imitação